(Ribeirão, ribeirão, ribeirão) Não se cansa de correr Dia e noite sem parar Vem de lá das cabeceiras Vem rolando nas pedreiras Caminhando para o mar Corta vale e dobra a serra Descrevendo pela terra Um destino, uma missão Numa estrada andejante Lado a lado uma vazante Coberta de plantação Suas águas borbulhando Muitos peixes marulhando Em maredas de arrebol Branca espuma flutuante Que nem flores radiante Se abrindo para o Sol Ribeirão, ribeirão, ribeirão Onde o gado mata a sede E um caboclo estende a rede E um anzol para pescar E parece que na sua correnteza Nasce a voz da natureza No sertão pra murmurar Passando a nuvem chuvosa Se quebra no ribeirão E as águas furiosas Vão criando turbilhão Os barrancos vão caindo soterrando igarapé E as águas invadindo as moradas de sapé Os barrancos vão caindo soterrando igarapé E as águas invadindo as moradas de sapé (Ribeirão, ribeirão, ribeirão)