Toldei um bagual ruano que mal pisava o capim Pingo de saltar esmagando se a volta viesse pra mim Troteava olhando as chilenas, bufando e bem arregrado Fui visitar uma morena, que conheci no povoado Eu que vivo domando e lidando com corda forte Sou guasqueiro e domador e pra o amor tenho sorte Boleei a perna no rancho e ela estava na janela Frouxei o bocal do ruano, atei e fui lá vê ela Ela foi lá na cozinha e trouxe um mate bem cuiudo Eu olhava aquelas mãozinhas e apertava com cuia a tudo E ali tivemos mateando pensando em que conversar Disse ele tá sentando o teu bagual vai escapar Só que rebente o pescoço, a cabeça há de ficar Vira o mate e aquenta a água que tá querendo esfriar Corda que eu faço menina, não é com lonca de sapo Potro que eu pego se amansa, senão a golpe lhe mato Agora o ruano tá manso, já dei a segunda sova Já trouxe a china pra o rancho, morar na querência nova Nas madrugadas charruas levanto devagarinho Fica que é uma tatua, aninhada no meu ranchinho