A pele retinta, tingida de sangue Mostrando as feridas e a dor do açoite O suor derramado pelo saladeiro Te di' a Charqueada, senzala de noite Vivia o escravo, cativo de estância Com a mesma sina de mercadoria O boi tastaveando pra um charque futuro Esperando a morte depois da sangria O suor do negro e o sangue do boi Encheram guaiacas de donos feudais Fazendo do gado o ocro na morte E a vida do negro, salgada demais Vivia o escravo, cativo de estância Com a mesma sina de mercadoria O boi tastaveando pra um charque futuro Esperando a morte depois da sangria Nos dias de hoje, o negro liberto Já não tem a fúria das mãos do feitor Mas ainda sente o chicote do mundo Pelas diferenças de credo e de cor Mas ainda sente o chicote do mundo Pelas diferenças de credo e de cor