Um rancho de copiar na baiuca um cata-vento Uma china a me espera no portão do parapeito No rincão da timbauva la no rincão das palmeira Pouco pra lá de uma curva a légua da carreteira Ali mora esta cantor de alma guapa e teatina Na volta do corredor onde diz Santa Cecília Ali que a siriema canta sobre o capão de pau ferro Ali que a indiada levanta pra receber um forasteiro Quem quiser nos visitar vai comprovar esta verdade Quem onde mora um gaúcho existe hospitalidade Ali é sua casa amigo naquele humilde ranchito Venha chimarrear comigo, venha e pegue-lhe o grito O cozinheiro é o Clarindo, é o cacique das panela O Mário é o tratorista, índio que lida com a terra Seu João é o peão diarista só não lida com a sela Mas isto deixa comigo pro que me dou bem com ela O Ordones é do arreio, índio da lida campeira Sabe se tem algo errado só no chegar na porteira O Salvio é o aramador que sabe socar um palanque E eu que sou o cantor levo o rio grande por diante