Quem nunca saiu de casa não tem pra onde voltar Comigo foi diferente ao deixar o meu lugar Me destrilhei de mim mesmo perdendo o jeito de andar Ficou um rancho no campo e dentro dela alguém A espera que um dia eu volte quando ver passar o trem Do trem só fica a fumaça quem sabe se o mês que vem Enquanto a mãe que me espera grisalha vive sozinha Chama os galos pelo nome e amilha o chão de galinhas Eu cisco em duros asfaltos quebrando as puas que tinha Mesmo de bico quebrado e o penacho meio gasto Um dia eu volto pra o rancho redesenhando meus traços