"Eu sou um homem complicado, nervoso e meio emburrado chego levantar chorando, se durmo com os pé destapado" Se chegarem no meu rancho, pra pedir sestiada ou poso Não cheguem de a pé e nem de moto, porque eu lhe boto os cachorro Cheguem bem a cavalo, de pingo alçado no freio (2x)Que o dia de vento norte, amanheço mais azedo. Conheço índio gaucho, campeiro e caprichoso E o cavalo bem cuidado, conheço 'inté' pelo toso Pode ser ponta de lança, currutillo destopetiado Só por favor não me cheguem é com cavalo pisado Buçal e cabresto forte, não ate o pingo na rédea (2x)E agora preste a atenção, que aqui vai mais uma trédia. "Use espora no garrão, nada de garrão liso Faca na cintura, mas que não seja cutilho Que dê pra fazer um espeto e abrir um peito de chiru Que tenha o cabo leviano, pra não saltar da cintura Palmo e meio de folha, e a bainha de couro Que tenha o cabo quadrado, pra não virar no estouro." Bombacha larga ou estreita, de dois pano ou quatro pano Mas que seja Rio Grandense, nada de países hermanos Use com os punho abotoado, ou então arremangado Porque os punho de arrasto, é sinal de relaxado Um índio que se arregaça, que se manda pros banhado Laça um touro sozinho, maneia e deixa maneado Esse é o perfil do Rio Grande, templa velha do passado.