Hoje eu não quero sofrer Hoje eu não quero chorar Deixei a tristeza lá fora Mandei a saudade esperar Hoje eu não quero sofrer Quem quiser que sofra em meu lugar Quero me afogar em serpentinas Quando ouvir, o primeiro clarim tocar Quero ver milhões de colombinas A cantar Quero me perder de mão em mão Quero ser ninguém na multidão Quero me perder de mão em mão Quero ser ninguém na multidão Mas eu chorei o ano inteiro Por uma saudade que nunca pensei mais matar Foi tudo em uma quarta-feira De novo, é que eu pude pensar Então chegou uma desalegria E uma mortalha fria por cima da dor Não via nada na avenida Como se a vida fosse terminar Só restos daquela alegria Que este outro dia tinha que levar Então voltei a minha fantasia E você comigo pulando no bloco, clarão Estava tudo na avenida Como se a vida, fosse retornar Estava tudo na avenida Como se a vida, fosse retornar Estava tudo na avenida Como se a vida, fosse retornar