Atenção, pessoal Vamos dar início, no começo do princípio Da comessação, da principiação, do prosseguimento Da prossiguição da largada da quadrilha Metade de um lado e outra metade da banda de lá Damas e cavalheiros, procurem seus par Metade pra cá e metade pra lá Faça favor, sarnieiro caroneiro, eu pergunta Que lado que eu vai jogar? Pra princípio de conversa, eu não sou coronel E isso não é jogo, é quadrilha Atenção, seu Mario Zan Que eu vou dar o sinal pra você rasgar o sanfonão Atenção Já! Marcar passo Anavan Quer dizer pra frente, todo mundo junto Quando os par se encontrar no centro, cumprimentam-se Assim (Nhá Zéfa, é só pra cumprimentar) Anarriê Todo mundo pra trás, de marcha à ré Isso, afastando sempre (Tá queimando o vestido, Nhá Ana?) Balancê Cavalheiro na frente da dama, fazendo balancê Oh! Dama e cavalheiro dão uns par de voltas juntos Mas não agarrados Isso! Olha o fiscal do salão aí Tá sobrando mulher (Ô Zefa, para de agarrar o cavalheiro) Anavan de damas Só as mulher no centro do salão Esquerda com esquerda As damas dão as mãos e esperam o sinal Olho de águia As damas dando volta com as mãos juntas E os cavalheiros ficam balanceando (Roque, calça a botina) Aprouximento de cavalheiros Os cavalheiros se aproximam Pegam as mãos das damas do lado de cá, com a mão direita Outro lado com a mão esquerda Sempre ao norte Todo mundo de mão dada na posição Até a metade do salão, pra frente Isso, carpindo no pé Ascendeu ao sul? Volta todo mundo de mão dada para trás Isto, pastando (Só de mão dada, eu já falei) Travessê Já que as damas estão no centro Puxar os cavalheiros do lado contrário Balancê Se balança, pessoal (Anda, Roque, a Filó não tá olhando pra você não, ela é zarolha) Oh! Pode dançar com as damas (Ajuda-me, dê-me os braços) Moleque não forma na roda de gente grande (Eu não sou moleque, não, é que eu esqueci de crescer) Anavan de damas As damas vão ao centro Esquerda com esquerda Aprouximento de cavalheiros Chegou a vez dos cavalheiros se aproximar E pegando as mãos das damas (Senhor, faz favor, que lado que eu tem que virar?) (Siga a fisga em um lado de flecha) Cobre de quatro, primeiro vira par com par Depois vira as damas no centro Em seus lugares As damas puxam os cavalheiros e voltam pros seus lugares (Anda, Dita, parece uma lesma) Balancê Todo mundo balanceando Oh! Cavalheiro dança com cavalheira Uma mulher pra cada par, duas não vale (É minha mulher e minha filha, poia) Anavan Roda de quatro Fazer roda de quatro par Assim Rodar pras esquerda Rodar pras direitas (Achei uma carteira) (É minha, é minha) (Uma carteira de cigarro vazia) (Ah, mas eu não fumo, uai) Marcar passo Atenção, pessoal Beijo dos anjos As damas se beijam, mas estalando mesmo Agora, atenção Beijo dos marmanjos Os cavalheiros se abraçam (Barbaridade de mulher bonita, oh) Rodar pras esquerdas Rodar pras direitas (Ô Tião, larga a Nhá Rita, é só pra beijar marmanjo) Em seus lugares Todo mundo voltando pros seus lugares Saiu a ferradura daquele Balancê (Do Tonico não é, porque ele vive ganhando na loteria, uai) Oh! (Me pisaram nos pés) (Na mão que não podia ser) Anavan (Ai, me chutaram a canela) Anarriê Grande roda Todo mundo de mão dada forma a grande roda Isso (Ih, a Candinha caiu) Rodar pras esquerdas Rodar pras direitas Dama no centro Cavalheiro de roda As mulher vão no centro, de mão dada E os cavalheiros, também de mão dada, formam outra roda Juntar aqui, tijolo no lampião Damas rodam pra direita Cavalheiros pra esquerda Vão se Ao contrário (Armas de fogo não entra no salão) (E quem tiver de fogo também não) Atenção, que vamos coroar Primeiro as damas Quando os cavalheiros, que estão de mão dada Chegar perto dos par, passa as mãos por cima, coroando Desse jeito (Larga o cabelo dela, Zé) Segue pra direita Segue pra esquerda Tá sobrando chapéu (Ou tá faltando cabeça) Cavalheiros no centro Andando pelo centro Damas em roda Os cavalheiros formando uma roda no centro E as damas outra roda Rodar pras esquerda Rodar pras direitas Atenção, que vamos coroar os cavalheiros As damas agora é que coroa os cavalheiros Rodar pras esquerda (Pras esquerda, sô) Rodar pras direitas Grande roda (Desbotou a pintura) Balancê (Olha, o mané perdeu a mulher) Oh! Atenção pro trançadinho Segue Passo trançado Dama segue como quer o cavalheiro (Ô senhor ali, ou tira o chapéu, ou tira o sapato) (Pra diminuir a altura) (Oh, eu não tenho culpa se eu cresci demais) Atenção Vamos chegar nos par e vamos tirar retrato (Tirar o quê, a roupa?) (Isso, sempre sorrindo, nem que seja à força) Par com par Olhar pro fotógrafo (Zé, ri de boca fechada) (Ô surda caindo) Balancê Oh! (Pare o baile, me bateram a dentadura) Caminho da roça Segue as damas por fora De braço com o cavalheiro Dando volta em roda Tira a mão do bolso do vizinho (Tá vazio, uai) Ih, pessoal, lá vem chuva Uh Foi só pra enganar A ponte tá quebrada (ai) Agora o pessoal avorta ao contrário Faz que vai, mas não vai E vai pra frente E vai pra trás E vai pra frente de uma vez Balancê! Oh! Preparar pro trancê As damas ficam em frente De costas, com as mãos pro alto E os cavalheiros ficam atrás, com as mãos pro alto Isso! Vão rodando nessa posição (Num é assalto, uai?) Os cavalheiros dão um giro nas damas Passando elas pra trás Mas sem largar as mãos Isso! (Não agarra tanto as mãos não, uai) Segue Agora o cavalheiro larga a dama que tá sendo segurada pelas mãos Por trás, e pega na mesma posição a dama da frente Falta luz no salão (Também, tacaram um tijolo no lampião) Trancê Segue o trancê Sempre seguindo Quando chegar no par, balancear Me arroubaram o guarda-chuva? (E a mulher também) Oh! Grande roda Formação de estrela Todos de braço Todos de braço dado, vamos girando Igualzinho a uma estrela Desse jeito Assim mesmo Canelada não vale (só de rapaz bonito) Meia volta Mais meia volta (e mais meia volta) Grande roda (Larga a cintura da moça, ô Zé) Balancê! Oh! Atenção pra fazer o túnel Vai ser aí, S'Ignácio, que vai começar Desse jeito Segue Isso, é assim mesmo Passo a passo, à três A última que ficar (Vai ficar pra tia) Atenção, Nhô Zé Quando terminar a passagem do túnel, sai em grande roda Assim, pessoal Todo mundo de mão dada Isso, vão saindo, sempre saindo S'Ignácio puxando a fila O trem tá soltando fumaça Já apontou na curva Em seus lugares Olha a sanfona (Segura, Mario Zan) Anavan Anarriê Balancê (O noivo tá fugindo) Shaqualhê (Pega o noivo) Oh! Mário Zan, estica os fole do sanfonão e escore na bichinha Pra arrematar Todo mundo Caminho da roça Fechem os guarda-chuvas Tem alguém mancando? (Não, foi um sapato, do sapato que atrelou) (Que nada, foi o noivo que tropicou) (Não descuidem das carteiras) (Pois elas estão vazias, uai) Estorou a boiada Sempre seguindo (Caminho da roça)