Vi a noite se aproximar e na janela do castelo de madeira, uma rainha Eu tava carburando um classe A, e pá tentando adivinhar o que passava em sua mente Pude ver sua feição mudar, deixou a lágrima molhar o papel que ela segurava Era a foto do seu moleque que só tinha 17 e não estava mas presente Quantas vezes eu vi ela adentrar a matina e ficar sem dormir Desarrumada, assustada, orando a cada passo que era dado Enquanto ele era álcool, puta, cocaína, queria curtir Gritava bem alto e dizia: O destino eu quem faço, eu sou menor bolado Desobediente, arrogante, inconsequente a maltratava e ia deixando ela doente Foi se achando o foda da quebrada acumulando inimigo e eles entupindo o pente Até que um dia, meio que pressentia, dobrou os joelhos e orou pelo filho Dez horas da noite, quebrada vazia, de longe ela escuta o barulho de tiros Malandragem é viver, repeitar a mãe Que ela sabe o que é bom pra nós morou? Ô mãe, tudo que vem de você, pra mim é tão perfeito Mesmo quando erra se transforma em acerto Se tivesse um defeito, eu apontava aqui Lembrei tem um, lembrei tem um É que a senhora um dia terá que partir Ô mãe, tudo que vem de você, pra mim é tão perfeito Mesmo quando erra se transforma em acerto Se tivesse um defeito, eu apontava aqui Lembrei tem um, lembrei tem um É que a senhora um dia terá que partir Ô mãe, tudo que vem de você, pra mim é tão perfeito Mesmo quando erra se transforma em acerto Se tivesse um defeito, eu apontava aqui Lembrei tem um, lembrei tem um É que a senhora um dia terá que partir