Não pense que vai me ferir falando que eu sou do mato Ou até mesmo dizer Que nunca viu um índio engravatado de terno e sapato Eu só vou rir de você Vou respeitar sua ignorância, seu miolo mole Por desconhecer essa selva De prédios enormes e caminhos asfaltados É fascinante mas você não quer ver Não vem não, não vem não Com esse papo atrasado de autoconclusão Não vem não, não vem não Com esse resquício freudiano de autocomparação Não vem não, não vem não Não deixe o preconceito embaçar sua visão Não vem não, não vem não Porque o amazonas vai ser sempre lindo Com você ou não! Não venha me mostrar cartões postais com obras de oscar niemeyer Você vai se aborrecer Vou lá na ponta negra te mostrar o pôr-do-sol da praia Você vai se estarrecer Com o Rio negro e o Solimões se amando Num romance eterno é de enlouquecer Vou te mostrar o teatro amazonas E a cultura desse povo Que é fascinante, mas você não quer ver Não vem não, não vem não Com esse papo atrasado de autoconclusão Não vem não, não vem não. Com esse resquício freudiano de autocomparação Não vem não, não vem não Não deixe o preconceito embaçar sua visão Não vem não, não vem não Porque o amazonas vai ser sempre lindo Com você ou não!