Quando me abanco Pra matear solito Senta comigo Um recuerdo antigo Traz na lembrança Um tempo distante Daquelas rodas Entre peões amigos Essa imagem Faz lembrar constâncio Estampa rude Hoje nesse instante Viram caseiro Da estância antiga Conhecedor de campo e galpão Gastou o tempo Entre sóis e geadas Sovou caronas Cavalgando a vida Ficaram as rugas E os cabelos brancos Marcas que mostram Como é dura a lida Marcas que mostram Como é dura a lida Trançava tentos Em dias de chuva Contando histórias Perfilando tranças Pois sempre tinha Um causo gaudério Pra peazada do patrão da estância Viro a erva Pra encilhar o mate E contiguar o meu sonhar silente Daqueles tempos Que não volta mais Do peão caseiro Ensinando a gente Este gaúcho Em minhas lembranças Deixou comigo Muitos cabedais Coisas de estância E uma certidão E a identidade De meu próprio pai Que não voltam mais Coisas de estância E uma certidão E a identidade De meu próprio pai Que não voltam mais