Eu tinha uma égua branca que a malvada não cresceu Cresceu até cinco palmo depois a égua encolheu Égua ruim igual a esta neste mundo não nasceu Oitenta carro de milho esta égua já comeu Só anda de passo a passo a danada nunca correu. Pra mim criar esta égua muito trabalho me deu Dei laço e bordoadas e nem assim ela morreu E um dia montei na égua na hora que escureceu Caminhou quinhentos metros logo o dia amanheceu E a malvada empacou e dali não se mexeu E um dia na minha casa um comprador apareceu Trinta mil reis pela água o caboclo ofereceu Na hora do pagamento, pensou um pouco e se arrependeu Eu deixei por quinze mil reis nem assim resolveu Despediu-se foi-se embora nem satisfação me deu. Soltei a égua no pasto e veja o que e aconteceu E a cobra mordeu a égua e a cobra enlouqueceu Quando foi no dia seguinte a minha égua morreu De tão ruim que ela era nem os corvo não comeu E acabou-se a égua branca que tanta raiva me deu.