Andaram dizendo que o pampa calou Que o povo parou para ouvir o silêncio Mentira daqueles que falam de nós Escutem a voz do negro Gaudêncio (Gravada no tempo do bolo de milho Que o pai e o filho viviam da terra Parando rodeio, correndo carreira E guardando a fronteira em tempo de guerra) A fúria dos ventos que chegam do norte Tem cheiro de morte tirado da rede O mundo acampado à beira do rio Tirita de frio e morre de sede Tratados de paz alegram vivente Passado e presente proseiam agora Projetam no tempo a minha canção Amor e razão não precisam espora Verdade se diga na cara de todos Os grandes engodos são sempre distintos Convidam os pobres pras festas povoeiras Que vivem à beira dos ranchos famintos