Filho Sertanejo

Oswaldir e Carlos Magrão

Sou filho de sertanejo, cresci na lida do gado             
Ginete de campereadas montando cavalo bravo	      
Nascido no interior e amigo dos meus amigos	         
Amante das tradições que sempre trago comigo		
Sou poeira de muita estrada, em que boiadeiros
passaram			  
E a cruz que ficou marcada, onde tantos outros
choraram		  			  
A morte de um companheiro, sina cruel desta vida      
Berrante que chora e canta tristeza da despedida	   
Cabelos soltos ao vento, eu sou o tempo que passa	 
Levando prá outras terras vestígios da minha raça        
Se hoje vivo distante do que fui quando menino              
Me sinto muito orgulhoso por ter tido esse destino	
Peão de estância e boiadeiro pelos rincões deste
mundo		    				
Sou rastro de boi carreiro, marcando forte e profundo	  
Os rumos da minha vida pela herança de um povo     
Que deixa suas raízes presas no filho mais novo      
Sou essa voz bem crioula que sai de um canto chorado     
Pela mudança dos tempos, pelo progresso alcançado
					            carro de boi trocado por caminhões e tratores	         
Um grito de dor calado no peito dos lavradores	  
Quem foi um dia bonança nunca será tempestade	  
Quem nasce livre no campo nunca será da cidade                               
Sou filho de sertanejo, herói de muitas batalhas        
Que sente na carne o corte dos anos feito navalha
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