Quando ando nas ruas de mim Me procuro, tento me encontrar Solitárias, desertas sem fim Toda a rua de mim é um outro lugar Busco um velho endereço no bolso Se bem me recordo, também o perdi Me confundem as lembranças de novo Sou um pouco de tudo que vivi Quando ando nas ruas de mim Frente a frente comigo eu estou Outros olhos me dizem que sim e enfim Pelas ruas de mim eu vou! Quando ando nas ruas de mim Planto a flor que irei ofertar Mesmo que não hajam jardins Toda a rua de mim é um outro lugar Guardo ainda a vontade de antes A mesma força que me fez partir A eternidade é só um instante Sou um pouco de tudo que vivi