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Reflexões Momentâneas

Realidade Cruel

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Reflexões momentâneas
Reflexões...

Vim pra esticar o chiclete das longa-metrage
Não nas mini-série da vida
Olhe pra trás e reflita
Pense bem, não é prazer só que nos mantém louco
Aqui, de Alckmin a Fleury sim
Capitões do mato vi
Maliciosamente, fortemente armados, hãn hãn
Faltam queijos e flautistas para tantos ratos
E aqui nos picadero de Glock os palhaço
grita liga pra família e dita que o resgate é trinta
Relâmpago pra te Civic prata ou branco
Ou o tiro que atravessa no assalto a banco o crânio
Do bota podre que tento se batman
Muleke de rua hoje é o Marcola de amanha Capitão Ubiratã
Façam sua escolha, almejar a liberdade com dignidade é honra
Plaques de onça, eu também quero
difícil porém sigo com meu rap indigesto
Pros recalque bunda-mole, plantonista zé povin
Cresce os olho no meu corre pra pragueja contra mim
Descendencia de Caim, verme rastejante
O que se faz aqui se paga e volta como bumerangue
Constante, meus parcero, os bang, a rua
Quem aqui ta preso, quem entro a milhão de fura
Nas avenida fazendo os coxa pisar com força no bréque
no vidro da joalheria, cala boca, ninguem se mexe
Baguio ta mil grau e anda desgovernado
É cobra engolindo cobra, é banana comendo macaco
O peito pique aço nunca, conheço a rua
Faca na caveira é gambé sem metade da nuca
As minhas letras ainda contem cadaver
Seria bem mais fácil falar de chocolate
Ou chá da tarde, com bolachinha e mel
Mas só quem ta nas grade mano sabe como é cruel
Click! Bléu! Fudeu alguém gritô!
Viciados em crack roubaram a tiazinha no camelô
Revolta geral, linxamento total
População enfurecida é pior que animal irracional
Pra jornal ta tudo ótimo,
o que importa pra matéria é ter mais quantidade de óbito
O homem fez a polvora, o Senhor fez o homem
Deve se perguntar pra si mesmo até hoje
Onde que errou, por que fazemos isso
Cada dia que se passa somos mais semelhante a lixo
Aqui eu brindo, vitória para os meus
Termino meus verso, meus hino, dialogando com Deus
Ó meu pai, me guiai pela verdade
Não deixar eu me cegar pela cobiça e pela vaidade
Entrei em lares, e senti a presença do eterno
Pisei em lugares que era mesmo a cópia do inferno
Incerto, de que a paz haverá algum dia
É lamentável musicas que induz a pedofilia
Né, se quer que sua mulher descendo no chão?
E uma pá de vagabundo em volta ladrão
A faca que corta o pão, corta o corpo do Jack
Morto com o pau na boca, a faca é download na net
A tela faz plim plim, tem muito demonio disfarçado de Serafim
Por aqui, falo uma pa, prego revolução
Os boy vem colando e malandro dando aval pra cuzão
Na malhação, meu rap não vai tocar
Me desculpa querida, é suja a rima que empesteia o ar
Da sua mansão, e prefiro desse jeito
Som de favelado, de bandido, assim seja o gueto,
preto, como quiser, que se foda
Dinheiro deles não me compra
Prefiro a forca...

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