Fico sentado na mesma almofada estampada Sem saber o que eu faço agora Dentro de um apartamento alugado, cansado Esperando por você A poeira nos móveis, a janela fechada Trancada como este sorriso meu Num canto da sala um retrato ingrato Só você e eu Ah, minha mulher Venha depressa a mim Seu rosto, seu nome, seu corpo Traga correndo aqui Ah, minha mulher Venha depressa a mim Que hoje eu lhe quero inteira Inteira só pra mim Se eu lhe bati, mordi, arranhei e amei Com um amor bandido ou marginal Foi lhe querendo demais Tanto medo e segredo Com amor demais, amei tão mal Telefone em silêncio E a minha esperança criança De ouvir sua voz A porta entreaberta E no meu pensamento eu tento Ver você entrar Ah, minha mulher Venha depressa a mim Seu rosto, seu nome, seu corpo Traga correndo aqui Ah, minha mulher Venha depressa a mim Que hoje eu lhe quero inteira Inteira só pra mim