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A mão que escorrega cai pela cintura da nega que tá na fissura de viver
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A nega fabrica só coisa bonita e vende na praça da vã consolação
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Quem compra tanta bugiganga, não jura, não manja que a nega pechincha até vender
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Armou na solapa a quitanda, no meio da praça que amigo meganha deu sanção.
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A nega barganha o fino da bossa e neles aposta que vence o passado
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Vivera no fundo do poço comendo sujeira pra salvar o nego condenado
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A nega sacode poeira pra levar a vida com o mínimo de satisfação.
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O pregão do dia é sobreviver.
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O que a nega tem pra oferecer, grã fino gosta de poder bom uso fazer
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No cabelo, passa pasta de enê
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Na cabeça, a fissura de viver.
