O olhar se perde ao seguir pra adiante do espaço e do tempo A saudade grita e a lágrima fere o entardecer, Talvez um mate me ajeite a vida e proponha o plano Recolher as tralhas apertando o passo Pra seguir o rastro de um chamamé. O destino que me insinua revela ao mundo Meus olhos rasos bombeiam rumos Costeando as águas do uruguai. Quem sabe topar parada e jogar a sorte Nesta volteada escancarando a vida No grito aceso de um sapucay. Hoje sei porque a solidão vem soprar milongas Se o rancho é claro e em meio a tanta sombra Lhe faz vista um chamamé. Vou seguir por diante, Encilhar o baio e me emponchar de vento Desfolhando o tempo desses calendários Apostando o rancho pra ganhar a estrada. E vou por mim, de alma serena alheio da manada Dando luz à sombra da madrugada Ao abrir os olhos do coração.