Senhor, que minhas mãos não sejam garras A transformar o meu vizinho em presa Meu coração não seja uma represa Meus pés não fiquem presos por amarras Que a cerca do jardim não sejam barras De quem se esconde atrás de uma defesa Ressoem cânticos em nossa mesa Aos acordes festivos das guitarras Das pegadas que deixo, brotem flores Para bordar todo o planeta em cores Verdes planícies sob um céu lilás Se alguém bater, que a porta esteja aberta Se alguém dormir, que o outro fique alerta Pois só assim vamos viver em paz