Olha o homem no chão, Roubado, meio morto Quem terá compaixão, Será amparo e porto? Lá vem o sacerdote Pelo mesmo caminho, É certo que devote Cuidados e carinho. Mas ele passa ao largo Prossegue para igreja E lá cumpre seu cargo E diz: "Louvado seja!" Olha o homem no chão, Roubado, meio morto Quem terá compaixão, Será amparo e porto? Decerto o levita Que desce e o vê também Mas prossegue e o evita Nem o fita. "Amém!" Mas o samaritano Que vinha de viagem Tido por desumano Levou-o à estalagem Não pensa em perda e dano E dá do seu dinheiro E resume seu plano: "O custo pago inteiro" E ensina: "O meu próximo Quem é? É todo aquele De quem me aproximo." Pois o amor lhe impele.