Estradas que se vão Por elas eu me vou Não sei mais quem eu sou Andando sem parar A chuva me molhando O sol queima meu corpo E a brasa só desgosto Não pára de queimar A mágoa me tortura Vergonha de mim mesmo Por isso eu ando a esmo De tudo ela é culpada Dizia que me amava Depois me abandonou Só hoje me encontrou Andando pela estrada Quando me viu Ajoelhou-se aos meus pés pediu perdão Arrependida confessou sua traição Tive vontade de matarmas não matei Porque a ela um dia eu dei o meu pobre coração Tomei-lhe as mãos E os seus joelhos descolaram-se do chão A soluçar sobre o meu peito sem razão Tive vontade de levar mas não levei Meu amor te esquecerei nas estradas que se vão.