É a rima, a rima ditada por lei, por decreto É a múmia que mama no feto É a luz que se filtra nas grutas O insosso temperando as frutas O medo, o medo tem que censurar para criar A parceria da pedra com a vidraça Do elefante com a graça, com a taça A parceria da bala de canhão, canhão, canhão Com a bolinha de sabão. A censura, ela gosta da arte Mas é a Medusa retocando a musa A censura, ela ama a arte Mas é como a fera penteando a bela A censura, ela morre de amor pela arte Mas é a enxada Acarinhando a fada A censura, ela adora a fragrância da arte Mas é o machado Entre as flores do prado