Uêh! Nanhanauêh! Uêh! Nanhanauêh! Nanhanauêh! Deixei escorregar de leve o punho E na folha pautada, Arrisquei minha sorte Persegui com uma pontinha de pena meu futuro Traçando ao compasso das linhas meus projetos Fui livre, fui ladrão, logrado, louco E rasguei mil muralhas Quebrei mil contratos Fiz amor com uma pontinha de pena E fui amado Vedete pra ser aplaudido Bicho raro pra ser enjaulado Mas subitamente percebi o meu engano De que me servia escrever e criar Tanta confussão De que me servia uma folha, uma pena na mão E, então: Deixei tombar de vagarinho o punho E me lembrei que a vida não é nenhum rascunho Que a vida não é nenhum... Uêh! Nanhanauêh! OBS.: Integra o LP Vanusa Sonhos de Um Palhaço - 1974. CD: E-Collection - Sucessos e Raridades - 2003 - 2 CDs.