Um doce e pálido luar Espalha sombras pelo chão Na rua triste à caminhar Pensando sem querer pensar Eu sinto mais a solidão Medonhos vultos irreais Passam por mim à murmurar Do meu cigarro, as espirais Parecem letras fantasmais Na solidão do boulevard No meu pobre pensamento vai Vai crescendo a aflição No meu peito esse tormento vai Vai parar meu coração Minhas lembranças são visões Que me perseguem sem parar Meus sonhos são assombrações São os fantasmas dos serões Na solidão do boulevard