Teus olhos são negros, negros Como as noites sem luar São ardentes, são profundos Como o negrume do mar Sobre o barco dos amores Da vida boiando à flor Douram teus olhos a fronte Do gondoleiro do amor Teu amor na treva é um astro No silêncio uma canção É brisa nas calmarias É abrigo no tufão Por isso eu te amo querida Quer no prazer, quer na dor Rosa, canto, sombra, estrela Do gondoleiro do amor