Eu vivo triste viajando pelo mundo Ganhando ouro, mas vagueio sem carinho Levando n’alma o desgosto mais profundo Quando me afasto, por dever, do nosso ninho E creia amiga, se ao deixar-te, vou sorrindo Falsa comédia também vou representando Porque se a máscara em armação partes em vindo Dentro do peito o meu coração Levo chorando E a muito venho suplicando ao ser divino Que mude o rumo do meu triste E mau destino Para que eu goze a pouca vida que me resta Juntinho a ti, minha querida e meiga esposa Com quem desejo repousar na mesma lousa Na mais profunda e verdadeira longa sesta