Lá se vai mais um corno de goteiras Enrolado em mais vinte prestação Dependurado na velha marinete Com a cara de carga de sabão Se chegar no horário, pega fila Senão, fila da mãe, vai se mandando Vai chupando os teus dente cariado Cafangando os aumento inesperado Do leite e do pão Em geral somos todos dizimados Assistindo a tragédia desumana Trabaiando dez dia por sumana Tapiando a barriga com uns trocado Teto e quatro parede nos barranco Só no tranco da desonestidade Os rico mora lá fora da cidade Preparando os filhotes de ladrão Pra posteridade Se eu morrer bem sangrado como um boi Interrogue o mandante, o magarefe Bactérias na sopa não é blefe Vira infecção generalizada Um cometa aparece n'outra estrada E atropela a esperança brasileira Vá pensando que tudo é brincadeira Coincidências, apenas, nada mais Adeus meus ais Continua o meu povo repartido Em partidos partidos pelo meio Um horrível achando o outro feio Discursando os brilhantes ideais Para o bem dos jardins dos cardeais Para o bem da estrada da serpente E eu de raiva fiquei rangendo os dente Espazindo meu sangue pelas roupas Dos meus carrascos Continua o meu povo repartido...