Pra dor de amor, eu não faço sala Amor me deixa, outro amor me embala Eu sou um coco que seu ralador não rala A tristeza quando chega Se deixar, ela se instala Se ela vê peito vazio Quer fazer festa de gala, ê Mas comigo não tem jeito Ela nem desfaz a mala Que um amor quando me deixa, sinhô Tem outro em ponto de bala A tristeza a gente sente Quando o seu chicote estala Se ela vê sinal de pranto Lambe o beiço e se regala Mas meu peito não se curva À bota, tacão, bengala Meu amor que é de quilombo (iáiá, kekerê, iê, iê) Não se prende em dor de senzala