Novamente ilumina o picadeiro Vai começar no circo uma função São acrobatas trapezistas enfeitando Labutando no seu belo ganha pão O povo se ajeitando bem contente Vai gritando cada instante, cada espaço Solta ele, alegria deste circo Quero ver no picadeiro o paiaço Cara pintada vai entrar ali na arena E de repente sente mal o pobre paiaço Com a mão apertando o coração Que está veio, já sentindo o cansaço E ali mesmo na saída da barraca Cai sem vida o rei da alegria Todos choram lamentando a triste sorte Porque morreu a alma da companhia E o seu filho pinta a cara aquela noite E vai a sorrir tendo o coração chorando Enquanto faz toda a plateia gargalhar Vai o coitado assim se lamentando Gargalha plateia, gargalha Sorri da minha sorte de pierrô Quero chorando junto gargalhar Porque meu pai também já gargalhou Gargalha outra vez bela plateia Você pagou para rir da minha sorte Você gargalha e eu choro a sorrir Minha alegria roubou-me agora a morte Eu não lamento, pode crer, a minha sina Porque nasci com a alma de paiaço Quero seguir de meu pai a rotina De gargalhar tendo a alma em pedaço