CANGURO

WOS

Composição de: WOS
tom: Afinação:
Não vou sair hoje
Vou ficar nas nuvens onde ninguém sobe

(Uá) não venha encher o saco
Dizem que tudo está ruim; então tá
(Uá) eu estou mais que bem aqui
E não penso nem olhar pra você; cego

Anda
Reprimam a merda que vocês guardam no peito
Engulam e se calem até não sobrar nada
Fiquem de pé sempre com a coluna reta

Calem a boca dele, deem um sedativo para ele
Deixa ele fazer o que quiser, mas tirem ele daqui
Calem a boca dele, deem um sedativo para ele
Deixa ele fazer o que quiser, mas tirem ele daqui

Ei, façam o que estou mandando
Ou não perceberam que eu sou o rei?
Me obedeçam, porque eu sou a lei
Tragam meus comprimidos, meus cigarros (uá)

Chute de canguru, pancada forte
Não vamos parar com isso, mano, juro pra você
Eu trouxe cianuro para colocar na bebida deles
Cinco minutos aqui e já estamos fazendo estragos

Um mágico quer fazer a gente desaparecer
Mas essa praga estranha nunca para de crescer
Somos dos poucos doidos que andam em busca de prazer
E embora queiram nos quebrar, não damos o braço a torcer

Não para de tossir, trabalhando doze horas
Recebe dois trocados por mês, para sustentar quatro pessoas
E não fale de meritocracia, isso me faz rir, não fode
Sem oportunidades, essa merda não funciona

E não, não precisamos de pessoas que trabalham mais
Precisamos que, com menos, seja possível viver em paz
Manda brasa, não se perca, lembre-se onde você está
Confira sempre de qual lado do gatilho você se encontra

E diz assim: Qual é? Isso vicia que nem coca
A galera dança doida, o pescoço desloca
A droga nos dedos passando de boca em boca
Você sente como te afeta, essa parada enlouquece

Pulo que nem pulga, começou a desintoxicação
Deixo tudo fresco que nem um PXXR GVNG
Tô com sede outra vez, entre febres e enxaquecas
Voltei a sonhar com um velho no meio de uma montanha

Ele me olhou e me disse: Ninguém se salva da vida
E essa coisa de juventude é só uma atitude da alma
Que virtude estranha, agora minhas tripas estão queimando
Minha melhor conversa foi ontem com uma aranha

Não sei que horas são e nem quero saber
Aqui são sempre 4:20, e estamos bem doidos, de bobeira
Latinha de cerveja ruim e barata, e com a planta sagrada
Aquela que acalma o corpo e te faz relaxar

Hoje tem festa no bairro, o cu até tranca
Entendo que te incomoda, você não tem empatia
E se agora estamos gritando e cantando em forma de protesto
É porque perguntamos com educação e ninguém nos deu uma resposta

Vocês se acham donos, saiam do caminho, tô falando sério
Fora os policiais que metem no bairro, atiram nos moleques e matam seus sonhos
Bem, é o jogo da quebrada, do buraco
Estamos agitando de novo, expulsando todos esses urubus, parça

(Uá) não venha encher o saco
Dizem que tudo está ruim; então tá
(Uá) eu estou mais que bem aqui
E não penso nem olhar pra você; cego

Anda
Reprimam a merda que vocês guardam no peito
Engulam e se calem até não sobrar nada
Fiquem de pé sempre com a coluna reta

Calem a boca dele, deem um sedativo para ele
Deixa ele fazer o que quiser, mas tirem ele daqui
Calem a boca dele, deem um sedativo para ele
Deixa ele fazer o que quiser, mas tirem ele daqui

Ei, façam o que estou mandando
Ou não perceberam que eu sou o rei?
Me obedeçam, porque eu sou a lei
Tragam meus comprimidos, meus cigarros (uá)
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