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Greta Van Fleet: ouvir ou não ouvir? Eis a questão!

Formada pelos irmãos Josh (vocal), Jake (guitarra) e Sam Kiszka (baixo) e Danny Wagner (bateria), a banda Greta Van Fleet surgiu em 2012, na cidade de Frankenmuth, no Michigan, nos EUA. Com seus sete anos de estrada, o quarteto tem um currículo formado por dois EPs, um disco, um prêmio “Loudwire Music Award” e um “Grammy”.

Odiado por uns e amado por outros, quarteto segue escrevendo história (Foto/Divulgação)

Atualmente, a Greta Van Fleet é febre mundial. Para muitos “entendidos e não entendidos do riscado”, a famigerada responsabilidade de salvar o rock [o rock não está em crise! O rock é a crise, mas isso é conversa para um outro post] está nas mãos e talentos da banda. Em contrapartida, outros tantos “entendidos e não entendidos do riscado” afirmam que o quarteto “não é essa Brastemp toda”.

Já que a banda tem divido tanto as opiniões, nada mais justo do que listarmos alguns motivos que validam o debate mais quente da atual cena do rock. Atenção: no final do texto tem uma enequete marato pra você manifestar a sua opinião!

Ouvir Greta Van Fleet , eis a questão

1. Respaldo da academia

The Who, Queen e Led Zeppelin estão entre as bandas lendárias que nunca ganharam um “Grammy”. Já em seu álbum de estreia, o GVF caiu nas graças da academia e levou pra casa um dos mais importantes prêmios da indústria fonográfica.

2. Mestres aprovam

Slash e Billy Corgan, ícones de suas respectivas gerações e estilos, estão entre os gigantes do rock que aprovam o trabalho da banda. Segundo o guitar hero da cartola, “o rock estava chato! Mas aí, Greta Van Fleet apareceu eu corrigiu o problema”.

3. Rockão do bom

Se até a ciência diz que já não se fazem música boa como antigamente, o som vintage da GVF é realmente o melhor que tá tendo. Do visual hippie aos riffs vigorosos, tudo leva a crer que uma grande fenda no espaço-tempo trouxe a banda diretamente de uma garagem qualquer da década de 1970.

Greta Van Fleet é a bola da vez (Foto/Divulgação)

4. As modinhas tremem

Quando um artista que faz um rock clássico, um estilo mais emblemático do que badalado, desponta como sensação de um dos festivais de música mais importantes do mundo, a turma do pop e do hip hop coloca suas barbas de molho! E é nesse cenário que o Greta Van Fleet chega chegando com tudo no Lollapalooza 2019.

5. Autoconfiança

“Produzir” e “confiar no próprio taco” são termos ideais para definir a banda. Apesar de ainda não ter colhido todos os frutos com o disco “Anthem Of The Peaceful Army”, o quarteto já planeja um novo álbum. Em conversa com a revista australiana “Heavy”, o baixista o baixista Sam Kiszka revelou que o GVF não vai obedecer ordens dos mercado e já prepara um disco cheio de novidades. “Vamos fazer a música que queremos ouvir, e vamos crescer musicalmente. Há um monte de coisas que estamos trabalhando agora que é muito excitante e muito novo”, disse.

Não ouvir Greta Van Fleet , eis a questão

1. Nem todo deus abençoa

Robert Plant e Mike Portnoy fortalecem o coral dos mestres do rock que dão bomba no som da jovem banda. Em entrevista ao canal “Channel Ten”, Plant usou de seu tradicional humor britânico para comentar sobre o som do quarteto. Segundo o ex-vocalista do Led, o vocalista Josh Kiszka “roubou a voz de alguém que conheço muito bem, mas o que pode ser feito?”.

2. O que importa é a longevidade

Apesar de toda pompa e circunstância, no final das contas, “ganhar ‘Grammy’ é bom, mas não enche barriga”. Para muitas bandas, o importante mesmo é a longevidade. O Kiss, por exemplo, nunca ganhou o tão badalado troféu, mas lota estádios ao redor do mundo há mais de 40 anos. Será que o Greta Van Fleet tem fôlego pra tanto?

3. Velha novidade

A GVF mantém os acordes, timbres e conceitos no século passado. Com tanta referência sonora, com tanta coisa acontecendo na indústria e vivendo na era tecnológica, o quarteto faz um som que desperta nas pessoas a saudade de uma época em que elas não viveram. Nesse anacronismo todo, ainda não ficou claro se um artista novo deve partir para a inovação ou se o ideal é descansar nas costas do rock clássico.

 

Quarteto não curte comprações com o Led Zeppelin (Foto/Divulgação)

4. Negando o inegável

9 em cada 10 pessoas reconhecem que os elementos zeppelinianos constituem a maior parte do DNA sonoro da GVF. A única pessoa que não deixa essa taxa de amostragem ser unânime é justamente Jake Kiszka, o guitarrista da banda americana. Em conversa com o canal “FaceCulture”, Jake comentou com certo desdém sobre a influência do Led“Não acho que tenhamos percebido antes, em muitos sentidos, as semelhanças que compartilhamos com o Led Zeppelin”, disse. “Mesmo que não tenha sido uma grande influência para nós, ainda é influente [pro rock] e dá para perceber isso. Mas, no geral, isso não afeta nosso processo de composição”, completou.

5. Sem querer surpreender

No quesito execução, ou seja, os caras realmente sabem tocar. No quesito composição, no entanto, a coisa muda um pouco de figura. Além de apresentar um repertório que já nasceu velho, o GVF dá indícios de que é uma banda de hits, isto é, não corremos o agradável risco de achar tesouros musicais escondidas nos discos. Desta forma, entende-se que a jovem força do rock concentra suas forças em algumas músicas prontas para bombar nas rádios e playlists.

Diz aí, amigo leitor!

Com base nos 10 motivos acima e, sobretudo, em suas convicções, nós queremos saber o que você pensa sobre esse papo de “ouvir ou não ouvir Greta Van Fleet, eis a questão!” Conta aí pra gente!?

 
Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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