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A história de Taylor Hawkins através de performances marcantes

A notícia sobre a morte de Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, pegou todos de surpresa. Conhecido pela versatilidade no instrumento, conseguindo alternar sem esforço entre momentos de peso e de leveza, Hawkins, certamente, já faz muita falta no mundo da música.

Taylow Hawkins tocando em show do Foo Fighters
Taylor Hawkins nos deixou aos 50 anos (Foto/Reprodução/Internet)

A fim de homenagear o artista e os fãs, elencamos seis grandes performances do baterista ao longo da carreira, tanto ao vivo quanto em estúdio. Portanto, confira nossa lista e mate a saudade deste ícone no rock and roll!

A trajetória de Taylor Hawkins na música

Nascido em 17 de fevereiro de 1972 no Texas, Hawkins, na verdade, cresceu na Califórnia, onde deu seus primeiros passos na música. Primeiramente, teve destaque como baterista de Alanis Morissette, em 95. Na ocasião, ele participou da turnê mundial do lendário álbum Jagged Little Pill.

Em 1997, Dave Grohl ligou para Taylor pedindo indicações de músicos para assumir as baquetas do Foo Fighters. No entanto, Hawkins se ofereceu para entrar na banda e deixar a promissora turnê de Morissette.

Com isso, o anúncio do novo baterista da banda foi confirmado no mesmo ano. Agora, Hawkins também pôde cantar. Além disso, tocou guitarra e piano em algumas músicas do grupo.

Seu projeto paralelo mais conhecido foi o Taylor Hawkins and the Coattail Riders, que lançou dois álbuns de estúdio. O primeiro, em 2010, chamado Red Light Fever, e o segundo intitulado Get the Money, de 2019.

Agora você já conhece um pouco mais da trajetória de Taylor Hawkins no mundo da música. Então, confira seis performances marcantes do baterista!


1. You Oughta Know — 1995

No Late Show, em 1995, com Alanis Morissette, é possível assistir a Taylor Hawkins dando o seu melhor em You Oughta Know. Embora tivesse apenas 23 anos, já apresentava uma técnica invejável, passando de momentos mais melódicos para outros de explosão, sem nunca perder o ritmo.

Os destaques da bateria ficam para os momentos de energia no refrão, quando Hawkins consegue colocar o peso necessário. Mas não podemos deixar de exaltar a delicadeza com a qual performa o instrumento durante a vocalização de Morissette. Nessa apresentação já é possível perceber a razão pela qual Grohl ligou para ele quando se viu sem um baterista.

2. Monkey Wrench — 1997

Poucos meses após entrar para o Foo Fighters, Hawkins e a banda foram até o programa Later with Jools Holland para tocar Monkey Wrench. Muito entrosado com o restante do grupo, o baterista mostrou todo o peso que o deixaria mundialmente famoso nos anos seguintes. De fato, empolgação do músico fica evidente na força e na precisão com que toca.

Ao vê-lo em ação, fica notória outra característica marcante de Hawkins: mesmo que em músicas mais complexas, ele nunca sai do tempo. Não importa se a canção tem várias paradas, ele sempre volta na hora certa, funcionando como um metrônomo para seus companheiros.

3. Rope — 2011

Já consolidado no Foo Fighters e reconhecido como um dos melhores do mundo no seu instrumento, Hawkins é o grande destaque em Rope. Ele consegue, com maestria, manter sempre o tempo, apesar de não economizar nas viradas. Quando tudo parece que vai desandar, o músico volta para acompanhar os demais instrumentos.

Sem dúvida, o ponto alto da música é o quase solo de bateria que vem antes do de guitarras. É ali que ele consegue mostrar toda sua técnica sem perder a emoção de tocar. Além disso, outro destaque é o prato de condução, que pode causar inveja em muitos bateristas de jazz.

4. Skin and Bones — 2006

Não era apenas nas músicas mais pesadas que Hawkins se destacava. Na apresentação acústica de Skin and Bones, por exemplo, é possível ver o músico mais contido e funcionando apenas como acompanhamento. Enquanto o vocal e os instrumentos de corda vão crescendo e diminuindo de intensidade, o baterista consegue acompanhar tudo na medida certa.

Na parte final da canção, Hawkins explode junto com a banda, naquele que é o ponto alto da apresentação. Para quem não conhece esse lado mais melódico do músico, vale a pena assistir e prestar atenção na forma como ele acompanha o desempenho do grupo. Está sempre atento a tudo que acontece à sua volta. Assim, nunca deixa a bateria encobrir os outros instrumentos.

5. Run — 2017

Quando Run começa a tocar, ninguém imagina o que está por vir. O dedilhado da guitarra é acompanhado pelos tambores da bateria e, logo depois, um riff de guitarra supera todas as expectativas. É nesse ponto que Hawkins dá o peso necessário para acompanhar o vocal rasgado de Grohl e o resto da banda. Certamente, é um dos sons mais pesados já feitos pelo grupo.

Também em Run, é possível perceber a versatilidade do baterista, que alterna com elegância e controle as diferentes dinâmicas que a música exige. Perceba como, em uma batida nos pratos de ataque, ele sai da parte mais pesada do refrão e volta para os versos da música sem precisar de nenhum outro recurso. É mais uma prova da genialidade do baterista!

6. 2112 — 2013

Quando o Rush foi introduzido ao Rock & Roll Hall of Fame, em 2013, Hawkins subiu ao palco ao lado de Grohl e Nick Raskulinecz para homenagear o lendário trio. Eles fizeram um cover da abertura de 2112, álbum clássico da banda canadense. Durante a performance, fica clara a felicidade de Taylor em participar daquele momento.

Além da execução perfeita da música, tudo fica ainda mais emocionante quando os membros do Rush surgem no palco e começam a tocar juntos. No discurso, Hawkins destaca que o baterista do Rush, Neil Peart, foi responsável por toda uma geração de músicos que surgiram nas décadas seguintes. Vale conferir o momento!

Hawkins continuará impressionando para sempre

A partida precoce de Taylor vai demorar para ser compreendida pelos fãs da banda e admiradores do rock.

Por isso, esperamos que com essa lista você consiga conhecer mais sobre o artista e a razão pela qual ele é considerado um dos grandes nomes do instrumento.

Por fim, envie este artigo especial para os fãs do eterno baterista e do Foo Fighters. Assim, ainda mais pessoas vão ajudar a manter a chama do artista acesa no mundo da música.

Descanse em paz, Hawkins!

Foto de Guilherme Ferragut

Guilherme Ferragut

Jornalista, com mestrado em Divulgação Cultural e Científica pela Unicamp. Tem na música a grande paixão, por isso coleciona discos de vinil e está sempre aberto a novas experiências sonoras. Toca guitarra, baixo e violão. Escreve para o Cifra Club desde março de 2022.

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