Índia serena que me condena
Olhos de rio
Alma no cio
Peito vazio
Que me condena
Segue serena tua vida plena
Mudou de rio
Lábios no cio
Sempre me ouviu
E me condena e se condena
Lua morena
E se essa lágrima chora
Sou um rio que vai embora
Solitário em si demora
E nos condena
Que nos condena índia serena
Índia sereia do barro
Sal neste olhar que te viu
Segue teu rumo de amar
Que eu sigo alma de rio
Pela distância os sons do campo em hora calma
Benzida a alma de água doce eu sigo rio
Uma guarânia vai no vento e se demora
Bendita hora primavera em vento frio
E quem te trouxe? E quem permite estar no vento?
No pensamento que compõe e às vezes canta
A água doce que te beija primavera
É minha espera derramada na garganta
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