As histórias do violão e da guitarra possuem um elemento em comum: a palheta (além das cordas, claro). Companheira fiel de todas as gigs, luais e ensaios, é um acessório indispensável para músicos. Por isso, trouxemos uma lista com os principais tipos de palheta!

Vamos apresentar os materiais que podem ser usados na sua fabricação e todas as suas espessuras existentes. Bora lá?

Tipos de palheta: os diferentes materiais usados

A seguir, você vai conferir palhetas feitas dos mais diversos materiais. Algumas são mais usadas do que outras, e cada uma é recomendada para situações específicas, com seus prós e contras.

O melhor modelo para você será o mais compatível com suas características como instrumentista. Vamos lá conhecer cada um dos tipos de palheta!

Metal

As palhetas de metal produzem um som mais limpo. Porém, o contato constante deste material pode desafinar as cordas.

Uma palheta de metal que não possui as extremidades torneadas e nem polimento nos dois lados tende a ficar presa nas cordas. Com isso, você terá um pouco de dificuldade na hora de desenvolver solos.

Nylon

Apesar de bem maleável no início, a palheta de nylon pode quebrar com o tempo de uso. Há casos em que as cordas mais finas cortam esse tipo de palheta!

Casco de tartaruga

As palhetas de casco de tartaruga eram conhecidas por sua ótima durabilidade, o que não ameniza o fato de serem ruins para o ecossistema. Por essa razão, seu uso foi proibido em diversos lugares.

Tortex

Mais um exemplo dos tipos de palheta é o tortex. Seu material possui características bem similares ao casco de tartaruga, mas é feita de plástico.

Essas palhetas não são escorregadias, oferecendo boa pegada e rigidez.

Madeira

A variação da sonoridade depende da madeira utilizada na fabricação. Se não for de um tipo mais duro, a palheta pode produzir um som abafado.

Com o tempo, ela tende a esfarelar, precisando de uma nova camada de cera e polimento. São legais para quem gosta de explorar um som mais limpo.

Acrílico

A palheta de acrílico é bem resistente e leve. Apesar de ser feita com um material menos flexível, não costuma quebrar com facilidade.

Pode ser usada por músicos de vários estilos, mas fica bem legal nas mãos de guitarristas de jazz.

Celulose

Essas palhetas são bem populares. Apesar de gerar um bom som, elas não são muito resistentes.

Muita gente por aí curte a sonoridade que a palheta de celulose faz quando entra em contato com as cordas.

Espessuras de palheta

Na divisão por tamanho, há cinco tipos de palheta. O limite de espessura entre cada um varia de marca para marca.

Com exceção da extra-fina, todas são bem populares. Então, vamos conferir agora as espessuras de palheta existentes.

Extra-fina (abaixo de 0.4mm)

Conhecidas também como extra-leves (XL ou Extra Thin), esta palheta é utilizada mais quando guitarristas buscam usar efeitos específicos, como de um som mais suave em seus acordes.

Por ser mais mole, ela produz um característico som de click, chamado de “ruído de palheta”.

Leve (0.4mm – 0.63mm)

Chamadas também de finas (T ou Thin), são geralmente usadas para fazer base, devido à sua maior elasticidade e conforto.

Este tipo também produz o som característico do click, porém de forma menos perceptível.

Média (0.63mm – 0.85mm)

As médias (M ou Medium) são as mais usadas das três principais (leve, média e pesada). Isso se dá por serem o meio termo, adequando-se mais à preferência de muitos guitarristas.

Por não serem tão flexíveis quanto as finas, as palhetas médias conseguem transferir mais força para a corda, sendo recomendadas para fazer licks e bends, por exemplo.

Pesada (0.85mm – 1.2mm)

Palhetas pesadas ou grossas (H ou Heavy) produzem um som mais nítido e claro.

Elas são ideais para fazer solos, por serem rígidas e produzirem um som agressivo nas notas. Guitarristas de rock mais pesado costumam usar bastante esse tipo.

Extra-pesada (acima de 1.2mm)

Último dos tipos de palheta por espessura, as extra-pesadas (XH ou Extra Heavy) são mais comuns nas mãos de músicos de jazz.

Fora do mundo das guitarras, estas palhetas são muito usadas por baixistas, por ajudarem a sincronizar com a bateria.

A palheta mais confortável que existe

Ela se chama LEAP, e foi desenvolvida pela empresa americana BOG Street Music.

Seu design apresenta um orifício no centro, para que os dedos polegar e indicador entrem em contato enquanto o músico estiver tocando.

Segundo os desenvolvedores, essas características reduzem a pressão necessária para segurar a palheta e, consequentemente, aumentam a sensação de conforto.

Os modelos da LEAP apresentam três medidores diferentes cada, que variam de 0.45mm a 1.5mm.

Apesar de ser ligeiramente maior que o padrão, ela possibilita movimentos confortáveis e ajustes de aderência para músicos que gostam de usar a palheta para criar efeitos harmônicos.

Palhetas exóticas

Também listamos alguns tipos de palheta que são diferentes das que costumamos ver!

Acetato e delrex

Essas são palhetas bem consistentes. Disponíveis em vários tamanhos e espessuras, elas aderem bem aos dedos. O acabamento tende a ser fosco e aveludado.

Vidro

A palheta de vidro é a mais rara de ser encontrada e tende a produzir um som bem limpo.

Dificilmente você vai se machucar com uma palheta de vidro. A menos que toque com uma agressividade incomum, ela não vai quebrar com facilidade.

Jellyfish

Equipada com 18 filetes de metal articulados, essa palheta aumenta a energia e a frequência do som das cordas.

Trata-se de um acessório projetado para ser aplicado às técnicas de sweep picking, palhetada alternada e palhetada circular.

Para cada tipo de palhetada, o acessório produz um timbre ligeiramente diferente.

A sweep picking com a Jellyfish lembra o som de um instrumento de 12 cordas.

Por sua vez, a palhetada alternada simula um som martelado, enquanto a palhetada circular produz o efeito de um instrumento curvado.

Conheça outros acessórios para violão!

Você conferiu a variedade dos tipos de palheta e conseguiu perceber como cada uma se encaixa nos perfis dos músicos. Que tal continuar explorando esse universo?

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