Bombeia o músculo
Que nem uma vez descansa
Que nem quando criança descansa
Só busca em algo ou alguém
Não ouso respirar
Cruzando esquinas da velha cuyaba
Lembro carícias junto ao fogão
Dormiam teus pés em minhas mãos
Quando eu parti
Quem irrigava o meu caminho era você
E essa distância feito um ladrão
Me levou teu sexo e o teu rio
Mas hoje eu senti
Nesse tenso amanhecer o teu clarão
Pois é hoje, todos os barcos saberão
Eu voltei!
Ao músculo que nem uma vez descansa
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