Novecentas confissões
Feito demência giram
Nos portões do metrô
Perto daqui
Putas trocam de lugar
Drenando os beijos
Que ninguém pensou
Em roubar
E hoje me deu
Saudade de pensar que eu tinha
A mínima ideia
De quem eu era ou sou
Mil espiões saíram vandalizar
Teu violão
Que só não toca
Pra mim
Coagulado no sofá
Chupando gotas de passiflora incarnata
Pra quando der
Vontade de chutar as quinas
Berrar pelas esquinas
Meus sonetos de amor
E sair atrás
Da santa paz
De um canto pra me espichar
No turbilhão
Que caracola sem fim
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