Vo slavu divnym potomkam moguchego boga
Chto likom krashe chem solntse v zenite svoyem
Ostatki poraboshchennogo imi naroda
Tomyat·sya v yamakh nabitykh smoloy i uglem
Ostavʹte nadezhdu te, kto vo chrevo zemli byl nizverzhen imi
Molitvami tshchetnymi dushu gotovʹte ko snu
Pod sodrannoy kozhey plotʹ izuchayte, plachʹte glazami pustymi
Nadsmotrshchik v chernom neset v ladonyakh tʹmu
On gromko poyet o chesti
On ruku vzdymayet vvysʹ
On bratʹyev k yame szyvayet poslushatʹ pesnyu
S orkestrom zhalobnykh vopley goryashchikh krys
S zhutkim oskalom v litsa neschastnykh
Strazhnik plyuyet zharkim ognem
Ya voskhvalyayu boga pitaya plamya
Svetom dushi ozaryaya temnitsu moikh strastey
Ya voznoshusʹ iz okov v nebesa pogibaya
S vetrom slivayasʹ v sonme nevinnykh smertey
Ya stanu peplom
Chernaya vlaga istokov my pʹyem tebya nochʹyu
My pʹyem tebya utrom i v poldenʹ
My v nebe mogilu kopayem tam net tesnoty
V dome zhivet chelovek on zmey priruchayet on pishet v Germaniyu pisʹma
On darit nam v nebe mogilu on psov sozyvayet svistkom
Smertʹ — eto staryy maestro
On pishet spuskayet·sya vniz zagorayut·sya zvezdy
On pishet
Volos tvoikh zoloto Gretkhen
Volos tvoikh pepel Rakhilʹ
Ya stanu yarkim ognem szhimaya smolistyye vetvi
Zoloy kholodnoy padu, ostaviv kostey fitilʹ
Travoy zelenoy vzoydu, ukrasiv volos tvoikh zoloto Gretkhen
Kornyami krepko obnyav volos tvoikh pepel, Rakhilʹ
Tsvetu ya v pamyatʹ o toy, chto v yame molila o smerti
Volos tvoikh zoloto Gretkhen, volos tvoikh pepel, Rakhilʹ
Para a glória dos maravilhosos descendentes do Deus poderoso
Cujo rosto é mais belo que o Sol em seu zênite
Os restos do povo escravizado por eles
Definham nas covas cheias de alcatrão e carvão
A esperança abandona todos vocês que foram jogados por eles no ventre da Terra
Preparem suas almas para dormir com orações fúteis
Examinem a carne sob a pele esfolada, chore com seus olhos vazios
O carcereiro vestido de preto se aproxima com a escuridão nas mãos
Ele canta alto sobre honra
Ele levanta a mão
Ele invoca seus irmãos para ouvir uma canção
Com uma orquestra de gritos lamentosos de ratos em chamas
Com um sorriso de arrepiar os cabelos
O carcereiro cospe fogo nos rostos dos desamparados
Eu louvo a Deus enquanto alimento o fogo
Ilumino a prisão das minhas paixões com a chama da minha alma
Desacorrentado eu subo aos céus moribundos
Fundindo-me com o vento entre uma série de mortes inocentes
Vou me transformar em cinzas, leite negro da manhã
Nós o bebemos ao anoitecer, ao meio-dia e ao amanhecer
Abrimos uma sepultura no céu, onde é espaçoso repousar
Há um homem nesta casa que encanta cobras e que escreve cartas para a Alemanha
Ele nos dá uma sepultura no céu, ele assobia para seus cães se aproximarem
A morte é um velho maestro
Ele escreve e as estrelas se acendem
Ele está escrevendo
Seus cabelos dourados, Margareta
Seus cabelos de cinzas, Shulamite
Eu me transformarei em um fogo brilhante que espreme ramos queimados
Como cinzas frias vou cair no chão, deixando um pavio feito de ossos para trás
Vou nascer como grama verde para ser trançada em seus cabelos dourados, Margareta
Com minhas raízes bem presas em seus cabelos de cinzas, Shulamite
Eu floresço em memórias daquele que uma vez implorou pela morte na cova
Seus cabelos dourados, Margareta, seus cabelos de cinzas, Shulamite
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