Olhe para mim e veja quem eu sou
Um cara de ninguém, na terra de ninguém
Onde nada começou
Olhe para mim, não acredito nisso
Mas tenho estado um tanto omisso
Devo virar a mesa um dia
Chorar de dor ou alegria
Olhe para mim, e veja o que vê
Um cara diante da TV, um cara diante da TV
Onde nada começou
Hoje não tenho compromisso
Tenho pensado muito nisso
Cai nos braços de Morfeu
Pra esquecer que aconteceu
Aconteceu e acontece
A cada dia que amanhece
A ferida cicatriza mas é a marca o que martiriza
Por isso não tenho coragem
De abrir a porta dos fundos
De acender a luz do quarto
Cronometrar os segundos
Olhe para mim, e veja o que vê
Um cara diante da TV, um cara diante da TV
Onde nada começou
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