Que andar malandreado é esse, moça?
Como quem dança um samba sincopado
Deixa o malandro desestruturado
A ponto de se apaixonar

Traz na beleza todo o seu mistério
Ouço na esquina a sua gargalhada
Sua razão ficava a seu critério
Sua palavra no fio da navalha

E o povo chama Maria!
Maria Navalha
Nos bares da bohemia
Maria gargalha
Quem tem sua companhia
Pode estar certo
Maria não falha

Sua magia tem poder, oh moça
O seu olhar é de arrepiar
Mulher valente, destemida e força
Em sexta-feira, noite de luar

Se quer beber com ela, beba moço
Dona Maria não é de brincar
Ela conhece a Malandragem, moço
Muitos malandros deixou a chorar