Nas matas eu fui abandonado
Fui rejeitado, eu tive medo
Tão cedo lançado no vento
Relento da esperança
Deixado e eu era tão criança
Mas na floresta me achou Jurema
Guardou a minha vida pequena
Consagrou-me à luz do luar
A deusa do panaiá
Entregou-me ao colo de Tupinambá
Hoje eu te dou proteção
Sou teu irmão, sou João
E para mim mesmo
Tudo que eu quero é carinho
Chego com a chuva que cai
Peço tua bênção do Pai
Sou da cascata, sou da mata, Joãozinho
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