Vem, ó cigana bonita,
Ver o meu destino
Que mistérios tem!
Tu, com os olhos
De quem vê no acaso
O amor da gente,
Põe nas minhas mãos
O teu olhar ardente
E procura desvendar
No meu segredo a dor,
Cigana, do meu amor.
Mas nunca digas, ó zíngara,
Que ilusão me espera,
Qual o meu futuro.
Só àquela por quem
Vou vivendo assim à toa
Tu dirás se a sorte
Será má ou boa,
Para que ela venha
Consolar-me um dia a dor,
Cigana, do meu amor!
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